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Filme da região ganha prêmio nacional

O Vale do Aço tem potencial não apenas para o aço. Além das nossas muitas indústrias, uma outra indústria criativa está ganhando força com um projeto já em implementação: é o Polo Cine Vales, um polo de cinema que inclui a experiência de artistas do Vale do Aço unidos com os do Vale do rio Doce.

O resultado dessa união de profissionais de várias cidades, dentro deste espírito do Polo Cine Vales, de trabalhar juntos, ganharam reconhecimento no importante  festival de cinema mineiro, o 7º Festival de Cinema de Muriaé. O curta-metragem gravado recentemente, o “Myself”, sob a direção de Elizeu Mol e Robert Andrade, com as produtoras Kinox Filmes, Meta filmes e braSil Cinematográfica, juntamente com vários talentos da região, ganhou um dos prêmios de melhor filme, dentre mais de mil inscritos no festival.

Robert de Andrade, Euler Luz, (organizador do festival) e Elizeu Mol, ganhadores do prêmio de melhor filme no 7º Festival de Cinema de Muriaé – Foto: Divulgação

História

A história do cinema no Vale do Aço ainda está sendo redescoberta. No bairro Cariru em Ipatinga existiu o clube dos 40, um consórcio de moradores que alugavam filmes em Belo Horizonte e exibiam na parede lateral do edifício J21. Em 1954 Raimundo Nonato, farmacêutico e apaixonado por cinema inaugurou o Cine São José na propriedade de Olímpio Silva, seu sócio, a primeira sala de cinema da Vila Ipatinga.

Pelo que se apurou até hoje, o primeiro filme de ficção «Depois do Silêncio» foi gravado em 1978 por Ronaldo Mafra, de Coronel Fabriciano, em película no formato super 8. Em o 2003 curta metragem, A Égua da Comadre, foi gravado em por André Tenuta e Elizeu Mol, cujo grupo criou a Filminas. Em Timóteo tudo começou com o Cine Acesita nos anos 50 e depois o Cine Marabá, em 1975. Nos anos 80 Manuelita Lustosa se mudou para Timóteo e fomentou o teatro, e junto a Gilberto de Araújo promovem as “Semanas do Cinema Brasileiro”. Traziam diretores e atores famosos para fazerem aberturas dos filmes e palestras sobre cinema criando o grupo Kinox. Manuelita participou de 11 novelas e seis filmes. Inspirados no grupo Kinox surgiram a maioria das produtoras do Vale do Aço.

O filme “O Homem que Virou Suco”, com José Dumont, foi lançado no Festival Knox, de Timóteo, em 1980 – Foto: Divulgação

Cooperação

A Filminas, Associação dos Produtores de Filme do Interior de Minas, com sede em Ipatinga, há 19 anos é apoiadora e realizadora de dezenas de filmes, incluindo dois longas-metragens. A Filminas está com uma cadeira na Câmara do Audiovisual da FIEMG. Com o apoio desta instituição a Filminas quer consolidar o Polo Cine Vales, para aglutinar os produtores de filmes desta região, que por sua vez, dependem do trabalho dos artistas de todos os segmentos.

Indústria milionária em consolidação

A industrial do cinema movimenta toda a economia, contratando atores, equipamentos de vídeo e cinema, produtoras, fotógrafos, diretores de arte, de produção, coreógrafos, roteiristas e muitos outros. E como o cinema envolve muita gente e altos orçamentos, movimenta a rede de hotéis, restaurantes e todo o comércio. Por isso é vista como indústria.

Elizeu Mol dirigindo mais uma produção regional – Foto: Divulgação

Para tornar o Polo Cine Vales, uma indústria é necessária a união das produtoras e artistas e a busca de investimentos na produção dos filmes. E isso já está acontecendo, através dos editais da Lei Paulo Gustavo, da Fundação Renova e da Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais.

Como exemplo, podemos citar a Kinox Filmes, uma produtora local que está com o projeto de filme longa-metragem “Não Olhe para Fora” selecionado para as rodadas de negócios de cinema da feira internacional MAX2023. Segundo Elizeu Mol, os diretores e produtores sentarão com players para negociar a produção do filme. Nesta feira são negociadas produções que cada uma normalmente ficam acima de dez milhões de reais.

Ações concretas

Das ações já realizadas para a consolidação do Polo Cine Vales, a mais importante delas foi a união de muitas produtoras da região do Vale do Aço e do Vale do Rio Doce. Isso é usual e se pode ver mesmo em grandes produções internacionais de filmes e séries que contam com várias empresas coprodutoras, juntando, por exemplo, Netflix com a japonesa ANIMA&COMPANY e dezenas de outras. Vários cursos já foram oferecidos pela Filminas formando atores para o cinema e roteiristas, inclusive tendo dois roteiristas premiados nacionalmente em Ipatinga: Lilian de Oliveira e Maycon Souza.

Recursos já na conta da prefeitura

Lei Paulo Gustavo garante cerca de três milhões de investimentos na produção cultural e áudio visual para o Vale do Aço

Os editais da Lei Paulo Gustavo preveem um investimento de cerca de três milhões para o Vale do Aço. Os artistas esperam que este edital, que não tem previsão de se repetir, seja bem aproveitado para fazer história na região. Caratinga e Timóteo contemplaram, cada um, além de diversos curtas, um longa-metragem de ficção de baixíssimo orçamento. Coronel Fabriciano também prevê dois episódios de série e espera-se mais um longa-metragem de ficção em Ipatinga. Sendo realizados, 05 filmes longos na região, além dos curtas, estas realizações irão impulsionar o Polo Cine Vales, permitido que suas produtoras e seus diretores façam currículo e continuem buscando recursos bem maiores no Fundo Setorial do Audiovisual e com grandes produtoras, podendo trazer milhões de reais para a região.

Bruno Mendes dirige seu curta-metragem – Foto: Divulgação

Exemplo

Um exemplo de polo de cinema que deu certo acontece em Cataguases e região, que atraiu 30 longas-metragens com 200 milhões de reais movimentados em suas cidades. O coordenador do Polo de Cataguases irá inaugurar um estúdio de animação em Juiz de Fora no próximo mês com investimento de 12 milhões de reais.

Filme premiado

O que os artistas de nossa região descobriram na prática é que para fazer cinema de qualidade, só se juntando. O presidente da Filminas Elizeu Mol, foi diretor de vários filmes sendo 02 longas-metragens e junto a uma equipe formada com profissionais de várias cidades, dentro deste espírito do Polo Cine Vales de trabalhar juntos, gravaram recentemente um curta metragem, o Myself. A reunião de vários talentos sob a direção de Elizeu Mol e Robert Andrade com as produtoras Kinox Filmes, Meta filmes e braSil Cinematográfica, já deu resultado relevante. Tendo inscrito o filme recentemente em alguns festivais, o primeiro resultado foi divulgado neste sábado dia 07 de outubro de 2023: o filme foi selecionado para o 7º Festival de Cinema de Muriaé. Os diretores foram acompanhar o festival presencialmente e tiveram a grata surpresa do filme ganhar um dos prêmios de melhor filme, dentre mais de mil inscritos. Receberam o troféu das mãos do realizador Euler Luz e homenagearam o ator Zafir que foi o protagonista, o editor Haendel Melo, o assistente de direção Márcio de Paula e toda a equipe.

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