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A ficção “Santa Cruz” de Rita Bordone, selecionada pelo projeto, Curta Vitória a Minas, inicia as filmagens dia 8 de janeiro em Ipatinga

Rita Bordone com a equipe do Instituto Marlim Azul na oficina audiovisual Curta Vitória a Minas – Foto: Gustavo Louzada

Nascida em Bom Jesus do Galho (MG), porém residente em Ipatinga desde 1997, a história de Rita de Cacia Bordone será transformada em filme pelo projeto Curta Vitória a Minas II. A ficção “Santa Cruz” selecionada pelo projeto, é baseada nas memórias de infância da diretora, que durante os anos morou na roça ao lado da família, apaixonada com a arte e a cultura. Segundo o relato de Rita, todo mês de maio sua saudosa mãe, Maria Pires de Faria, costumava pendurar cruzes de madeira enfeitadas com papel de seda em portas e janelas da casa como um ritual de proteção e um gesto de devoção e gratidão a Nossa Senhora.

O cuidado e o carinho da mãe artesã e benzedeira na confecção das cruzes encantavam Rita, que gostava de andar pela estrada de chão de tons terrosos para encontrar as cruzes coloridas espalhadas pelas casas. Ao recriar o ritual das cruzes no cinema, a diretora quer homenagear a mãe e compartilhar o encantamento destas antigas lembranças. As gravações acontecerão nos bairros Tribuna e Ipaneminha, em Ipatinga, cuja filmagens iniciarão na Região Metropolitana do Vale do Aço dia 08 de fevereiro, com previsão de encerrar no dia 10.

Rita de Cacia Bordone

Apaixonada pela arte e a cultura, Rita Bordone é graduada em Artes Visuais, participou de diversas oficinas de artes visuais, teatro, dança contemporânea, cenografia e maquiagem, se especializou em arte da impressão têxtil botânica em utilitários e coleciona objetos e ideias do cotidiano para serem transformados e ressignificados através de exposições na galeria de arte da cidade.

Outras histórias

O projeto patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, que conta com a realização do Instituto Marlin Azul, Ministério da Cultura/Governo Federal, faz parte da segunda edição do Curta Vitória a Minas. No Curta Vitória a Minas II, a equipe de filmagem desembarcará também nos municípios de Ipatinga (MG) e Naque (MG), na Região do Vale do Aço, no Vale do Rio Doce.

Dez histórias escritas por moradores de cidades capixabas e mineiras que se desenvolveram no entorno da Estrada de Ferro Vitória a Minas estão virando filmes de curta-metragem de até 15 minutos. A segunda edição do concurso escolheu histórias vindas de Ibiraçu, João Neiva, Baixo Guandu e Colatina, no Espírito Santo, e de Aimorés, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Naque e Nova Era, em Minas Gerais.

Após a seleção, os dez autores se reuniram numa imersão para estudar noções básicas de roteiro, direção, fotografia, som, produção, direção de arte e mobilização comunitária com o acompanhamento de profissionais do cinema de renome nacional. Com o roteiro e o plano de produção em mãos, cada autor voltou para sua cidade de origem para articular e envolver a comunidade na produção da obra. Agora, é hora de colocar o plano de filmagem em ação.

Naque

O aposentado Ademir de Sena Moreira na oficina de filmagens – Foto: Gustavo Louzada

Após as filmagens de “Santa Cruz”, a equipe segue para Naque, para transformar em curta metragem a história de Ademir de Sena Moreira. Aos 64 anos de idade, o aposentado fará o seu primeiro filme. “O Tempo era 1972”, viaja até a adolescência do diretor para contar como ele e os irmãos encaravam as dificuldades para ajudar no sustento da família com poucos recursos financeiros. Filho da professora Naná e do lavrador Nenêgo, Ademir era o segundo de sete irmãos, sendo seis homens e uma mulher. Atento a toda e qualquer oportunidade de trabalho para ganhar uns trocados, o menino vendeu sorvete na rua, plantou capim nas fazendas, vendeu laranja, quebrou pedra, sem nunca parar de estudar.

“Dezinha e Sua Saga” escrita pela auxiliar de serviços gerais Luciene Crepalde foi a primeira história a ser gravada de 20 a 22 de janeiro em Nova Era (MG). Na sequência o projeto pegou o caminho para Ibiraçu (ES) para filmar a história “Reciclando Vidas e Sonhos”, da coletora de materiais recicláveis, Ana Paula Imberti, no período de 24 a 27 de janeiro. “O Último Trem”, de autoria do vendedor Fabrício Bertoni, foi gravado em Colatina (ES), nos dias 28 e 29 de janeiro.

Depois de Ipatinga e Naque, serão gravadas entre os meses de março e abril as seguintes histórias: “T-Rex e a Pedra Lascada”, do biólogo Luã Ériclis, de João Neiva (ES); “Colatina, A Princesa do Rock”, do jornalista Nilo Tardin, de Colatina (ES); “Lia, Entre o Rio e a Ferrovia”, da professora e comunicadora Elisângela Bello, de Aimorés (ES); “Mães do Vale: Um olhar sobre a Maternidade”, da contadora Patrícia Alves, de Coronel Fabriciano (MG); e “Um Ponto Rotineiro”, da estudante Jaslinne Pyetra, de Baixo Guandu (ES).

Conheça o Instituto Marlin Azul

Equipe de filmagens do Curta Vitória a Minas – Foto: Divulgação

O Instituto Marlin Azul é uma associação sem fins lucrativos criada em 1999 cuja finalidade é promover ações direcionadas à cultura, à arte e à educação, democratizando o acesso à produção e fruição de bens culturais. Em 23 anos de atividade, a instituição vem desenvolvendo diversos projetos sociais, culturais e audiovisuais voltados para diferentes públicos do Espírito Santo e do Brasil. Além do Curta Vitória a Minas, a instituição desenvolve ações como o Revelando os Brasis, Projeto Animação, Cine Quilombola e Griôs de Goiabeiras.

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