Duas espécies da Mata Atlântica desenvolvem-se a quase um século no centro da cidade
Há cerca de 80 anos, essa sapucaia e a peroba foram plantadas na mesma época, quando Coronel Fabriciano não passava de um povoado pertencente a Antônio Dias.
Quase centenárias, a peroba e a sapucaia resistem à poluição urbana no centro de Coronel Fabriciano
Plantadas por um funcionário da EFVM, no quintal do então escritório da ferrovia, as duas espécies da Mata Atlântica se adaptaram ao ambiente urbano, vindo a desenvolver-se plenamente, mantendo-se
majestosas.
Hoje, quando celebra o Dia das Árvore, as duas espécies quase centenárias, começam a florescer. Evento que anuncia a primavera, quando também grande parte dos pássaros já estão com seus ninhos habitados pelos filhotes.
As flores rosadas da sapucaia e as flores brancas da peroba, começam a cair, anunciando a primavera
Sapucaia
A sapucaia, de nome científico Lecythis pisonis) é uma árvore brasileira que vai do Ceará ao Rio de Janeiro, com bastante predominância nos estados do Espírito Santo e Bahia e são encontradas na Amazônia e na Mata Atlântica.
“Sapucaia”, termo que se origina-se do tupi, que significa “fruto que faz saltar o olho”, cujo nome deve ao fato de que ao abrir o opérculo do fruto (estrutura que serve de tampa ou cobertura a uma cavidade ou orifício) a mesma fica com um formato de um olho.
Outros nomes também são atribuídos à sapucaia, como: Castanha sapucaia, Cumbuca de macaco, Sapucaia vermelha, Marmita de macaco e Caçamba do mato.
Peroba
Já a Peroba, árvore brasileira perenifólia, de desenvolvimento lento, de madeira dura, chega a atingir de 20 a 30 m de altura com o tronco ereto o que lhe confere a categoria de madeira de corte.
Ocorre nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rondônia.
A super exploração econômica levou a peroba-rosa e a peroba-do-campo, ou ipê-amarelo, ao estado de perigo. Para isso contribuiu a destruição dos ecossistemas da Mata Atlântica, seu bioma de origem, onde ocorre nas florestas latifoliada semidecídua e pluvial atlântica.
Outros nomes são atribuídos à peroba
É também conhecida como amargoso, guatambu-amarelo, ibirá-ró-mí, marela, paroba-amargosa, pau-caboclo, peroba, peroba-açu, peroba-amarela, peroba-amargosa, peroba-branca, peroba-osso, peroba-comum, peroba-de-são-paulo, peroba-do-rio, peroba-mirim, peroba-miúda, peroba-paulista, peroba-rajada, peroba-verdadeira, peroba-vermelha, peroba-do-para, perobeira, perobinha, perova e sobro.
