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Prefeitura de Coronel Fabriciano inicia construção de novo viaduto que permitirá maior capacidade de tráfego

O novo projeto prevê maior altura, três pistas na parte superior e quatro vias na Av. Magalhães Pinto – Ilustração / Divulgação

Com investimento de mais de R$ 5 milhões, que incluem elevação da altura, alargamento de vias e ampliação da pista do viaduto no trevo de Coronel Fabriciano, as obras deverão serem entregues dentro do prazo de seis meses.

Na manhã desta segunda-feira 23/01, começou a demolição do viaduto que dará espaço para uma nova travessia, com gabarito de cinco metros, três pistas na parte superior (Av. Tancredo Neves/BR 381) e quatro vias na Av. Magalhães Pinto e alças de acesso adequadas ao novo traçado.

Em poucas horas, o viaduto foi abaixo – Foto: Divulgação

O viaduto em demolição tem trazido dor de cabeça a alguns motoristas que passaram sob suas vigas, principalmente caminhões e ônibus de gabaritos mais elevados, como bem frisou o prefeito Marco Vinicius, na assinatura da autorização dos serviços. “É uma obra emblemática. Semanalmente caminhões de carga ‘agarram’ aqui. Sem contar o risco de parte da estrutura cair e atingir um veículo, uma pessoa”.

Com sua estrutura precária, diversos acidentes foram registrados nos últimos anos – Foto: Plox Notícias

História

Apesar de hoje o viaduto não passar de um estrangulamento de tráfego, incompatível com o aumento dos atuais gabaritos dos caminhões e ônibus, no período de sua construção, o risco de ser atingido por uma gaiola de carvão ou pelas pequenas jardineiras, era quase zero.

Sua construção na década de 1960 até que poderia ter sido planejada, ou mesmo alicerçada sobre uma perspectiva de médio a longo prazo, entretanto, a obra tinha implícita em sua concepção um incivil atrito entre o prefeito de Coronel Fabriciano Raimundo Alves de Carvalho e o então diretor da Usiminas, Dr. Luiz Verano. A animosidade entre o político e o engenheiro pode-se dizer, teve início quando a Usiminas utilizava o antigo aeroporto da Acesita para receber seus diretores e fornecedores.

Do aeroporto, os visitantes atravessavam a ponte (Ponte Velha), seguiam para o centro de Coronel Fabriciano, passavam pelo morro do atual bairro Santa Terezinha, seguiam pelo bairro Mangueiras, pelo antigo Candangolândia, atual bairro Amaro Lanari, até as instalações da siderúrgica.

Reconhecendo as dificuldades para romper o percurso, principalmente no período chuvoso, Dr. Verano determina a Usiminas construir um novo acesso ligando o então distrito de Ipatinga ao aeroporto da Acesita, no distrito de Timóteo, passando pelo morro da Usipa, seguindo pelo bairro Caladinho, sobre a Av. Magalhães Pinto, até a ponte sobre o rio Piracicaba, nas proximidades da pista de pouso.

Porém, na altura do atual trevo, o projeto determinava a construção de um elevado aterro sobre a avenida Magalhães Pinto, isolando totalmente o bairro Melo Viana do Centro da cidade, forçando os motoristas dar uma volta até a margem do ribeirão Caladão.

Ônibus da antiga Viação Sayonara, no elevado aterro construído sobre a Avenida Magalhães Pinto no novo acesso – Foto: João Anastácio Almeida

Raimundo Alves considerando aquele projeto de engenharia um insulto à população de Coronel Fabriciano, e também ao prefeito, que sequer foi ouvido, ele contratou uma empresa e determinou a abertura de um corte no alinhamento da avenida, provocando então uma interrupção na nova estrada. Diante do fato, Dr. Verano a contra gosto, determina a Usiminas construir um viaduto de concreto armado no local, sem levar em conta a simetria da avenida e as eventuais transformações que os novos tempos trariam junto ao crescimento urbano.

 

Construção do viaduto na década de 1960 – Foto: João Anastácio Almeida

As consequências da construção do viaduto sem um critério técnico mais elaborado, veio depois, no futuro, quando o distrito de Melo Viana passou por um crescimento vertiginoso, atraindo um maior fluxo de veículos. O mal dimensionamento do viaduto tonou-se um afunilamento da avenida tanto na largura como na altura, trazendo contínuos desafios para os usuários.

Na década seguinte, com a integração do novo acesso à rodovia MG-4, foi construído o trevo.

Na fotografia, no início da urbanização da baixada do Melo Viana, pode-se ver a incompatibilidade do viaduto com a performance da Av. Magalhães Pinto

 

Ainda no final da década de 1960, a Av. Magalhães Pinto recebe sua primeira pavimentação

O investimento para construção do novo viaduto é de R$ R$ 5,3 milhões, sendo 50% custeado com recursos próprios do município. Os serviços serão executados pela empresa Ribeiro Alvim Engenharia Ltda, vencedora da licitação.

Reinvindicação antiga

Desde 2017, a atual gestão municipal tenta viabilizar junto ao órgão federal a reconstrução do viaduto para permitir o tráfego de caminhões de grande porte ainda feito dentro da cidade e concomitantemente garantir a segurança da população.

Em cerimônia pública, o prefeito Marcos Vinicius e o secretário de Governança Urbana, Planejamento e Meio Ambiente, Douglas Prado, autorizaram o início das obras – Foto: Divulgação

Depois de várias tratativas, reuniões e gestão política, a Prefeitura de Fabriciano conseguiu aprovar o seu projeto de reconstrução do viaduto junto ao DNIT em 2020. A sinalização positiva para execução das obras definitivas veio após o órgão federal realizar obras emergenciais para “manter a segurança e o viaduto de pé”, com instalação de vigas metálicas de cerca de 50 centímetros de espessura.

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