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Celebrando hoje, 69 anos de emancipação, Marliéria vislumbra-se num relevante destino turístico

 

A tranquila Marliéria, encravada nas montanhas vertentes dos rios Piracicaba e Doce – Foto: Elvira Nascimento

Há poucos quilômetros do movimentado polo industrial do Vale do Aço, nas terras altas do colar metropolitano, onde a brisa ainda sopra um ar de ruralidade, frio no inverno e ameno no verão, Marliéria contempla no horizonte um futuro altamente promissor na direção do turismo de médio para grande fluxo.

Cidade bucólica, cujo ponto mais alto encontra-se no Pico do Machado, com 1.045 metros de altitude, guarda em suas dimensões territoriais dois perfis excepcionais para a exploração turística, o ecológica, com seu fabuloso Parque Estadual do Rio Doce, e o rural, com sua historicidade, hábitos e costumes e fazendas preservadas, remanescentes de um tempo de vigorosa produção agropecuária.

A exuberância do Parque Estadual do Rio Doce – Foto: Elvira Nascimento

 

Fazendas históricas que remetem ao período de intensa atividade rural – Foto: Elvira Nascimento

 

e a simplicidade do cotidiano rural são atrativos excepcionais no município – Foto: Elvira Nascimento

Aniversário

Celebrando hoje, 12 de dezembro, 69 anos de emancipação, o município com seus 545,813 km², população média de 4.030 habitantes, de acordo com dados do IBGE-2021, é contemplado com a implantação do APL de Turismo da Região de Marliéria. Incentivado pela Fundação Renova, o APL – um avançado arranjo produtivo local de incentivo ao desenvolvimento de políticas pública e privada para o turismo, faz parte do programa de reparação do Rio Doce, causado pelo rompimento da barragem de rejeitos de Fundão em Mariana. O APL vem se consolidando com a efetiva participação de toda a sociedade local e municípios vizinhos.

A união de forças locais e regionais asseguram ao APL de Turismo da Região de Marliéria perspectivas promissoras para a consolidação de Marliéria como importante destino turístico

O “Arranjo Produtivo Local de Turismo da Região de Marliéria”, na fase de elaboração de seu estatuto e constituição de uma associação, projeta para a região uma atividade turística sustentável, crescente e galvanizada nos potenciais valores socioambientais e culturais da região.

Vocação turística

A vocação para o turismo em Marliéria não é de hoje. A implantação do APL, que vem em boa hora, encontra na cidade uma população ávida para colocar o município no patamar que merece: ser um destino turístico de alta relevância no cenário estadual e nacional. Com população acolhedora, no perímetro urbano de Marliéria já encontra-se uma das mais bem estruturadas pousadas do interior mineiro, a Solar das Hortênsias, que oferece serviços de alto padrão. Além do exuberante Parque Estadual do Rio Doce em seu território, o primeiro parque estadual criado no estado, o município oferece o Mirante do Jacroá e uma bucólica ruralidade, servida por estradas vicinais bem conservadas.

A pousada Solar das Hortênsias no perímetro urbano, oferece serviços de auto padrão – Foto: Elvira Nascimento

 

Sítios de aluguel aconchegantes, como o Doce Sítio, em meio à Mata Atlântica preservada, reforçam a qualidade das ofertas turísticas do município- Foto: Elvira Nascimento

 

Em todos os lugares, espécies da Mata Atlântica emolduram a paisagem – Foto: Elvira Nascimento

 

Do Mirante do Jacroá, pode-se contemplar a deslumbrante vista do Parque Estadual do Rio Doce – Foto: Elvira Nascimento

 

Estradas bem conservadas proporcionam inesquecíveis aventuras e vivências – Foto: Elvira Nascimento

Empresas como a Jequitibá Receptivos Turístico, sediada no município, também já atuam na região, levando os visitantes aos encantos locais, por meio da Rota do Jacroá.

A Rota do Jacroá, produto da Jequitibá Receptivos Turístico, vem revelando a força do turismo rural

Seguindo do perímetro urbano pela Estrada Parque, passando pelo Mirante do Jacroá, no alto da vertente dos rios Piracicaba e Doce, onde contempla-se uma deslumbrante vista, chega-se ao Parque Estadual, o terceiro complexo lacustre do país, com mais de 40 lagoas naturais e uma das mais importantes unidades de conservação do país. O Perd oferece também uma ampla opção de lazer, como imersão na natureza, trilhas ecológicas, banhos na lagoa, mirante, auditório e outras vivências, além de espaços para acomodação.

História

Acesso pela BR-381 ou pela ES-760, Marliéria tem suas raízes históricas ligadas à própria natureza e à sagacidade de seus pioneiros. A história do Município se inicia no século XVIII com o nome de Arraial da Onça Grande (ribeirão que banha a localidade), com um pequeno agrupamento de choupanas. Onça Grande referia-se à espécie de felino de grande porte, hoje refugiado nos limites do Parque Estadual, que habitou a região quando tudo não passava de uma grande mata que se estendia por todo o Médio Rio Doce. Onça Grande pertencia à 4ª Divisão do Regimento de Cavalaria de Minas Gerais na região do Rio Doce.

Babilônia

O segundo nome do povoado referia-se também à natureza, quando passou a chamar-se arraial de Nossa Senhora das Dores de Babylônia, ou Babilônia, em vista de sua localização numa garganta murada por alcantilada serra coberta de musgo e bromeliáceas que, na época da floração, assemelham-se aos antigos jardins suspensos da lendária Babilônia.

Este símbolo natural em especial, as bromélias, de grande relevância histórica, poderiam ser reverenciadas no artesanato na forma de pintura, bordados ou mesmo na forma de cultivo para o paisagismo local. O resgate da história natural de Marliéria e sua inserção em novos olhares poderão potencializar ainda mais a exuberância turística da região.

No início do século XX, a história determina seu terceiro e atual nome, em homenagem ao comandante das Divisões Militares do Rio Doce, Guido Thomas Marlière, militar civilizador e humanista que inicia o processo de civilização e aldeamento indígena no Vale do Rio Doce, no início do século XIX.

Ao fundo, o imponente sobrado de Juca Pontes, preservado até os dias atuais no centro de Marliéria, e à frente, sua numerosa tropa de burros. A histórica fotografia comprova a importância do valoroso ofício dos tropeiros na transformação de Marliéria e sua relevante justificativa para a instalação de um Memorial ao Tropeiro como atrativo turístico

Não só da natureza, mas também da sagacidade de seus pioneiros, Marliéria sobressaiu como local promissor para um notável crescimento agropecuário.  Suas diversas fazendas, os tropeiros e atividades artesanais delinearam as transformações da região, hoje focada no seu resgate histórico para sua devida configuração como produto turístico de grande valor.

O monumento aos tropeiros ressaltam a importância da atividade no desenvolvimento da precursora economia marlierense – Foto: Elvira Nascimento

A costumeira hospitalidade dos marlierenses, a gastronomia típica, pousadas aconchegantes, o artesanato, estradas rurais que remetem ao tempo dos tropeiros, também estão entre os principais atrativos, bem como as construções arquitetônica de valor histórico no perímetro urbano, a exemplo da Igreja Matriz, da Capela Santo Antônio e dos casarões no Centro da cidade, que preservam a arquitetura original. Eventos festivos, tais como a festa do Judas, a “Romaria Ecológica” no aniversário do Perd e as comemorações religiosas do dia de Nossa Senhora das Dores, padroeira do município são algumas das principais manifestações culturais permanentes.

A imponente igreja de Nossa Senhora das Dores é o ponto de partida da Romaria Ecológica que acontece anualmente por ocasião do aniversário do Perd – Foto: Elvira Nascimento

 

O rico artesanato marlierense retrata suas belezas naturais em estampas e bordados – Foto: Elvira Nascimento

Marliéria comemora seus 69 anos, com sua população organizando-se e capacitando-se para transformar o município num dos mais visitados destinos turísticos do leste mineiro. Potencial natural, cultural e humano é o que a pequena Marliéria tem para se consolidar como uma estância turística tal qual as melhores do catálogo nacional.

Novos empreendimentos

Novos empreendimentos turísticos reforçarão a capacidade de hospedagem em Marliéria, como a Pousada Casarão, com inauguração prevista para fevereiro. No Centro da cidade, a hospedaria será inaugurada no antigo sobrado totalmente restaurado onde todo o seu mobiliário contará com raros móveis coloniais adquiridos em antiquários.

Com mobílias, inclusive de portugueses que aqui chegaram junto à família real no Rio de Janeiro, a Pousada Casarão remete aos costumes da aristocracia da época

APOIO CULTURAL – POUSADA JURANDIR

Fonte histórica: Êta Babilônia.

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