Inovação em luzes de Natal ofuscam o velho Papai Noel
Quem não se lembra do tempo em que as crianças colocavam seus sapatos na janela ou debaixo da árvore de Natal no canto da sala e acordavam no outro dia (25 de dezembro) com um presente deixado pelo Papai Noel? Essa ingênua fantasia natalina, associada a imagem do bom velhinho vestido de vermelho com um saco cheio de presentes visitando todas as casas reinou durante anos sozinha na mágica paisagem do Natal. Com o avanço da tecnologia, trazendo seus artefatos luminosos, Papai Noel se viu diante de um turbilhão de luz invadindo seu reino até então iluminado por simples pisca-piscas.
Disputando espaço com o Papai Noel, os efeitos das luzes de Natal, cada dia mais sofisticadas, vem reconfigurando a paisagem do Natal e possibilitando a criatividade avançar ainda mais na performance da luz.
A cidade de Ipatinga, no Vale do Aço, contemplada com a 13ª edição do projeto Seminaluz – Mostras Culturais, é um destes lugares onde a beleza das luzes de Natal vem revelando sua verdadeira magia e poder de encantamento. Patrocinado pela Usiminas por meio de Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, realizado pela Seminaluz e Híbrido Dança, o projeto ilumina quatro importantes espaços públicos da cidade: Centro Cultural Usiminas, Centro de Memória Usiminas, o Centro Cultural da Prefeitura de Ipatinga e o Parque Ipanema.
O projeto contribuirá também com a qualificação profissional por meio de bolsas de estudos para trabalhar com iluminação cênica.
Papai Noel
No passado, quando tecnologia era ainda um vocábulo desconhecido, a primeira imagem popularizada de Papai Noel surgia das mãos do cartunista alemão Thomas Nast (1840-1902), onde trabalhou durante anos no desenho do lendário personagem. Esta foi publicada na revista Harper’s Weeklys.
Entretanto, o Papai Noel simpático e sorridente que todos nós conhecemos, inspirado no desenho de Nast, foi concebido por Haddon Sundblom. O desenhista americano, deu vida ao Papai Noel para a The Coca-Cola Company, promover seu refrigerante Coca Cola, na década de 1930. Sundblom foi também criador da imagem do Quaker Oats (velho da Quaker) em 1957, que continua sendo utilizada nas embalagens de aveia Quaker até os dias de hoje.
Outro consagrado desenhista das décadas 1930 a 1940, que difundiu com arte e beleza o Papai Noel, foi o também americano, Norman Rockwell, que além de imagens natalinas, desenhou também o dia a dia da família americana e suas manifestações de patriotismo.
Novos tempos, novas luzes
Novos pisca-piscas, luz de led, luz colorida, luz em movimento e luz expandida, irradiando sobre o reino do Papai-Noel, tem despertado admiração e encantamento nas pessoas, que tem o Natal como tempo de luz e esperança.
Além do âmbito do projeto Seminaluz em Ipatinga, a iluminação natalina no Vale do Aço vem conquistando Natal a Natal a admiração do público. A tradicional e impactante iluminação da Fundação Aperam em Timóteo, seguido da Cantata, é onde as cores se fundem e enebriam.
Outra empresa que também contribui para reforçar as tradições natalinas por meio de iluminação é a Univale Transporte, que decorou alguns de seus ônibus com o tema. Em Belo Horizonte, a Supermix também iluminou seus veículos com luz de led.
Origem
O Papai Noel teve origem em São Nicolau ou Nicolau Taumaturgo, um bispo cristão que viveu na cidade de Mira na Ásia Menor, onde é atualmente é a Turquia, no século IV. O santo, conhecido como homem bondoso, tinha o costume de dar presentes às crianças pobres, anonimamente no dia de seu aniversário em 6 de dezembro. Com o passar do tempo e as variações em torno da lenda, a data acabou mudando para o 25 de dezembro.
Estudiosos apontam que séculos atrás a festa tinha relação com o calendário do ciclo solar e com o agrícola. Esta data marca o solstício de inverno, sendo o dia mais curto do ano no hemisfério norte, e a partir daí, os dias começariam a ficar mais longos. A data passou a ser associada ao nascimento do menino Jesus apenas no século IV, tornando-se uma das mais populares festas religiosas em todo o mundo.