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Difilculdades de escoamento travam crescimento do setor metalmecânico da região

A região do Vale do Aço no Leste mineiro, onde concentra um importante polo industrial metalmecânico, e que tem como principal via de escoamento as Rodovias BR-381 e BR-262, vem registrando elevados prejuízos em decorrência da precariedade das rodovias.

Desde a última temporada de chuvas em janeiro, o trecho no km 321 da BR-381 ainda permanece intransitável – Foto: Kaizerhoby

 

Rachaduras no km 96 da BR-262 bloqueou totalmente a rodovia – Website

O fato é que o alto volume de chuvas ocorrido no início de 2022, foram responsáveis por graves danos em vários trechos das duas rodovias, porém, até o presente momento, os principais pontos atingidos, ainda estão bloqueados, ou com desvios improvisados, como no km 321 da BR-381, em Nova Era e no km 96 da BR-262, em Abre Campo, impedindo o escoamento de alguns produtos fabricados na região.

Empresas no Vale do Aço que necessitam das estradas em condições de tráfego normais para entrega de sua produção, estão contabilizando prejuízos enormes devido a não capacidade de entregar suas encomendas.

Uma dessas empresas é a Emalto Indústria Mecânica, localizada em Timóteo, onde três panelas de gusa, com 70 toneladas cada, encomendadas pela Gerdau em Ouro Branco, estão no pátio totalmente prontas, aguardando embarques.

Panelas de gusa de 70 toneladas fabricadas para a Gerdau

 

Prontas para embarque

Além das três panelas prontas, há também mais sete panelas encomendadas para o mesmo cliente, com prazo de entrega ainda para este ano.

Segundo o superintendente industrial da Emalto, Leonardo Fernandes Cardoso, o tráfego até a usina da Gerdau em Ouro Branco em situações normais, somariam 300 km, tendo como acessos as rodovias BR-381 até Governador Valadares, a BR-116, até Realeza, a BR-262 até João Monlevade, onde retorna para a BR-381, seguindo até Belo Horizonte, onde desvia-se para a BR-040, até o destino final.

O superintendente industrial da Emalto, Leonardo Fernandes Cardoso, assegura que o crescimento do Vale do Aço depende fundamentalmente de uma logística de qualidade – Foto: Mário de Carvalho Neto

Alternativa

Leonardo disse ainda que, a Emalto e o cliente, estudam uma logística alternativa para o envio das peças, que percorreriam cerca de 1.500 quilômetros. O trajeto, altamente oneroso para as duas empresas seguiria pela região norte de Minas Gerais.

A precariedade das rodovias que atendem o Vale do Aço tem trazido outras consequências danosas à região, destaca o superintendente da Emalto, que é a insegurança das empresas em comprarem serviços no Vale do Aço. Leonardo afirmou que o temor ao não cumprimento com os prazos de entrega, devido a precária logística, tem inibido clientes tradicionais comprarem no Vale do Aço.

Peças super dimensionadas

Peças de grande porte necessitam de rodovias em situações normais de tráfego

 

 

A Emalto, uma das maiores empresas do Vale do Aço especializada em caldeiraria pesada, onde peças e equipamentos de grande porte fazem parte do dia a dia da empresa, tem enfrentado desafios constantes na área da logística. Atendendo diversos segmentos industriais, como mineração, papel e celulose, siderúrgico, hidrelétrico, automobilístico e outros, cerca de 50% de sua produção segue para fora da região, percorrendo estradas de norte a sul do país.

Segundo a Fiemg, o setor metalmecânico movimenta mais de um bilhão de reais anualmente entre compra e venda de insumos e produtos acabados. Estes dados confirmam o quanto estratégica é a região do Vale do Aço para o desenvolvimento do estado e do país, merecendo todos os esforços por parte do poder público na busca de soluções rodoviárias.

Cerca de 50% da produção da Emalto destina-se para regiões distantes – Foto: Elvira Nascimento

 

Planta da Emalto Indústria Mecânica em Timóteo – Foto: Elvira Nascimento

Importantes corredores de cargas, a BR- 381 e BR-262, sofrem com descaso

A BR-381, é um dos mais importantes corredores de cargas, ligando o sudeste ao norte do país. Com seu mais de 1.181 km de extensão, seu traçado inicia na capital paulista, São Paulo, terminando em São Mateus, no ES. De são Paulo até Belo Horizonte, totalmente duplicada, recebe o nome de Rodovia Fernão Dias, e de Belo Horizonte até o entroncamento com a BR-116, em Governador Valadares, recebe o pejorativo apelido de “Rodovia da Morte”. Devido ao seu traçado extremamente sinuoso, ocasionando acidentes diários, o trecho entre a capital mineira à divisa com o ES é considerado um dos trechos rodoviários mais perigosos do país.

A duplicação do trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, iniciou-se oficialmente com o anúncio da então presidente Dilma Rousseff em Ipatinga, em 2014, após décadas de espera pelo povo mineiro. No “pare e siga” interminável, a BR-381 aguarda nova rodada de conceções para reiniciar as obras paralisadas desde 2020.

Já a BR-262, uma rodovia de sentido transversal que interliga os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul, conecta áreas destinadas a pecuária, agricultura, mineração e a polos industriais e comerciais. Estrategicamente localizada, é um dos principais acessos à região Centro-Oeste do País. Entre João Monlevade e Belo Horizonte, a BR-262 e a BR-381 se fundem numa só.

Outro percurso que poderia aliviar o escoamento da produção indusrial do Vale do Aço ainda não saiu do papel, que é a construção da alça rodoviária que ligaria a LMG-760 à BR-381 na altura do bairro Amaro Lanari. Em fase de pavimentação asfáltica entre Timóteo a São José do Goiabal, margeando o Parque Estadual do Rio Doce, a alça conectaria a BR-381 à BR-262, propiciando uma nova alternativa de escoamento ao importante polo siderúrgico.

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