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Detentora de diversos adjetivos superlativos, São Paulo tem sua história conectada com a história do desenvolvimento nacional

A maior cidade do país, São Paulo, capital que leva o mesmo nome de seu estado, é uma interminável conurbação de concreto, que chega a sumir de vista na linha do horizonte, mesmo no topo de um dos mais altos edifícios da metrópole, o edifício Altino Arantes, do antigo Banco do Estado de São Paulo, atual Santander. Do mirante do prédio histórico, pode-se ver as regiões leste, oeste e sul da longínqua metrópole.

Vista do edifício do Banco do Estado de São Paulo, atual Banco Santander – Foto: Elvira Nascimento

Sua imensidão urbana, que abarca em sua região metropolitana, 35 municípios, onde mais de 21,5 milhões de habitantes a mantém viva por 24 horas, além de ostentar o título de maior polo de riqueza nacional, tem também relevância singular na história do Brasil.

Fundada em 25 de janeiro de 1554 por padres jesuítas, a cidade é mundialmente conhecida, exercendo significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Importantes monumentos, parques e museus, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida Paulista, aquário e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, a São Paulo Fashion Week e a Parada do Orgulho LGBT, fazem da metrópole um organismo vivo 24 horas por dia.

A cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo, em 2016, a 11.ª cidade mais globalizada do planeta, recebendo a classificação de Cidade Global Alfa, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC), São Paulo detém inúmeros parâmetros superlativos.

O município com o 10ª maior PIB do mundo, é a 8ª maior população urbana do planeta, foi considerada em 2021, pelo Boston Consulting Group como uma das 45 melhores cidades do mundo para se viver.

História

A povoação de São Paulo de Piratininga surgiu com a construção de um colégio jesuíta, no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, sendo Manuel da Nóbrega e José de Anchieta um de seus fundadores. Tal colégio, tinha por finalidade a catequese dos índios que viviam na região do Planalto de Piratininga, separados do litoral pela Serra do Mar, chamada pelos índios de “Serra de Paranapiacaba”.

Pátio do Colégio, marco geográfico do surgimento da Vila de São Paulo – Foto: Elvira Nascimento

Durante dois séculos, a vila de São Paulo permaneceu como única do interior da Colônia e como a mais pobre e isolada do centro administrativo, mantendo-se por meio de lavouras de subsistência. Este isolamento deve-se principalmente ao difícil acesso por meio da Serra do Mar, que separava a Vila de Santos ou da Vila de São Vicente ao planalto de Piratininga. Acesso este denominado Caminhos do Paraiquê, atual Paiçaguera frequentemente atacado pelos índios.

Em 22 de março de 1681, o Marquês de Cascais, donatário da Capitania de São Vicente, transferiu a capital da Capitania de São Vicente para a Vila de São Paulo, que passou a ser a “Cabeça da Capitania”. A nova capital foi instalada, em 23 de abril de 1683, com grandes festejos públicos.

Por ser a região mais pobre da colônia portuguesa na América, em São Paulo teve início a atividade dos bandeirantes, que se dispersaram pelo interior do país à caça de índios porque, sendo extremamente pobres, os paulistas não podiam comprar escravos africanos. Saíam, também, em busca de ouro e de diamantes. A descoberta do ouro na região de Minas Gerais, na década de 1690, fez com que as atenções do reino se voltassem para São Paulo.

Simbolo religioso da cidade, a Catedral Metropolitana de São Paulo ou Catedral da Sé, foi construída no início do século XX – Foto: Elvira Nascimento

 

O Theatro Municipal de São Paulo, inspirado na Ópera de Paris, inaugurado em 1911, é um marco nas manifestações artísticas e culturais da metrópole – Foto: Elvira Nascimento

Foi criada, então, em 3 de novembro de 1709, a nova Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, quando foram compradas, pela coroa portuguesa, a Capitania de São Paulo e a Capitania de Santo Amaro de seus antigos donatários. Em 11 de julho de 1711, a Vila de São Paulo foi elevada à categoria de cidade.

Com o esgotamento do ouro, no final do século XVIII, teve início o ciclo econômico paulista da cana-de-açúcar, que se espalhou pelo interior da Capitania de São Paulo. Pela cidade de São Paulo, era escoada a produção açucareira para o Porto de Santos. Nessa época, foi construída a primeira estrada moderna entre São Paulo e o litoral: a Calçada do Lorena.

 

Diferente da antiga Calçada do Lorena, a Rodovia dos Imigrantes liga a Grande São Paulo ao litoral – Foto: Mário de Carvalho Neto

Após a Independência do Brasil, ocorrida onde hoje fica o Monumento do Ipiranga, São Paulo recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por Dom Pedro I do Brasil em 1823. Em 1827, houve a criação de cursos jurídicos no Convento de São Francisco (que daria origem à futura Faculdade de Direito do Largo de São Francisco), e isso deu um novo impulso de crescimento à cidade, com o fluxo de estudantes e professores, graças ao qual, a cidade passa a ser denominada Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga.

Aberta na virada do século XIX para o XX, a Avenida Paulista tornou-se um dos mais concorridos endereços comerciais da cidade. Chamada de Espigão da Paulista e considerada um dos principais centros financeiros da cidade, é também um importante polo turístico

 

Avenida Paulista atualmente, tendo à direita, o prédio da Fiesp – Foto: Elvira Nascimento

Outro fator do crescimento de São Paulo foi a expansão da produção do café, inicialmente na região do Vale do Paraíba paulista, e depois nas regiões de Campinas, Rio Claro, São Carlos e Ribeirão Preto. De 1869 em diante, São Paulo passa a beneficiar-se de uma ferrovia que liga o interior da província de São Paulo ao porto de Santos, a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, chamada de A Inglesa. A partir de então diversas ferrovias ligando a capital do estado ao interior foram abertas, favorecendo ao desenvolvimento econômico da cidade, tornando-se em pouco tempo o maior centro econômico do Brasil.

Edifício Martinelli, marco da construção dos imponentes prédios no centro da capital – Foto: Elvira Nascimento

A forte migração no início do século 20 e um pujante processo de industrialização nacional favorece o estado e sua capital respectivamente, quando inúmeras indústrias, inclusive automobilísticas são instaladas na região. Nesse período, São Paulo torna-se um forte atrativo profissional, atraindo milhares de trabalhadores de todo o país, projetando-se como a maior e mais próspera cidade do continente.

Vale do Anhangabaú, lado do túnel visto de cima do Viaduto do Chá – Foto: Elvira Nascimento

 

Viaduto do Chá, tendo à esquerda o prédio da Light, atual Shopping Light – Foto: Mário de Carvalho Neto

 

Região central – Foto: Elvira Nascimento

 

Centro histórico, tendo abaixo os telhados do Mercado Municipal de São Paulo

 

Silenciosos, os ônibus elétricos oferecem mobilidade com conforto e poluição zero – Foto: Mário de Carvalho Neto

 

São Paulo não se isenta dos desafios comuns das grandes cidades, a aglomeração de pessoas em situação de rua – Foto: Mário de Carvalho Neto

Mercado Municipal

Também conhecido como Mercadão, o Mercado Municipal de São Paulo, localizado no Centro Histórico da capital paulista, foi projetado pelo engenheiro Felisberto Ranzini, responsável também pelo Theatro Municipal e pela Pinacoteca. Inaugurado em 25 de janeiro de 1933, também dia do aniversário da cidade de São Paulo, o mercado teve como primeira função, servir de armazém de pólvora e munições, apesar de ser construído para atender a um entreposto comercial de atacado e varejo alimentício.

Com mais de 290 boxes, comercializando cerca de 350 toneladas de alimentos diariamente, o amplo espaço recebe cerca de 50 mil pessoas semanalmente.

Projetado sob a arquitetura da “Metrópole do Café” quando a cidade buscava a valorização de suas áreas centrais, associada a uma ideia de modernidade e adequada com o aquecimento econômico proveniente da produção cafeeira, o Mercado municipal é um dos mais visitados pontos turísticos da cidade.

Veja neste curto vídeo a diversidade, dinâmica e beleza do Mercado Municipal de São Paulo, um dos mais importantes centros gastronômicos do mundo.

 

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