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Nesta quinta-feira, o público conheceu as ações dos primeiro 100 dias na BR-381

A tão aguardada duplicação da BR-381 teve hoje 06/02 mais um capítulo em Belo Oriente, em frente a Cenibra. Foi anunciado no evento “Máquinas na Pista – BR-381/MG”, o Plano de Ação dos primeiros 100 dias pela empresa concessionária Nova 381. Além de centenas de pessoas e autoridades de toda a região Leste de Minas Gerais, o evento contou com a presença do governador Romeu Zema e os ministros Renan Filho, do Transporte e Alexandre Silveira, das Minas e Energia.

Grande público compareceu ao evento – Foto: Arquivo CG

A duplicação anunciada, decorrente de um leilão promovido pelo Ministério dos Transportes e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a concessionária Nova 381 assume oficialmente a gestão da BR-381/MG, nesta quinta-feira, onde investirá o valor de R$ 9,3 bilhões, gerando mais de 80 mil novos empregos diretos e indiretos.

A administração da rodovia assumirá uma rodovia que recebe um tráfego médio de 24,7 mil veículos diários. As melhorias incluem a duplicação de 106 km de pista, 83 km de faixas adicionais, 51 correções de traçado, áreas de escape, Pontos de Parada e Descanso (PPD) para caminhoneiros e 23 passarelas para pedestres. Também serão instalados Centros de Controle de Operações (CCO), áreas de escape e Bases do Serviço Operacional (BSO) para suporte a emergências e incidentes.

Conforme informações da ANTT, as tarifas básicas de pedágio para casa praça de pedágio são as seguintes: Caeté (R$ 13,75), João Monlevade (R$ 11,40), Jaguaraçu (R$ 13,35), Belo Oriente (R$ 10,75) e Governador Valadares (R$ 11,20)

A Nova 381 será responsável pelo trecho de Belo Horizonte a Governador Valadares. Quanto ao trecho de Caeté a capital mineira, o Governo Federal assumirá os serviços de duplicação.

Em 2014 a duplicação da BR-381 é iniciada, sendo interrompida suas obras anos depois – Foto: Arquivo CG

O plano de ação terá pela frente diversas frentes de serviços, entre elas, um apanhado geral dos diversos pontos críticos, solucionar problemas emergenciais, como a recuperação da Ponte Torta em João Monlevade, implantar uma sinalização vertical e horizontal, limpeza da faixa de domínio e limpeza de canaletas. Um dos trechos que também será pautado como prioridade, situa-se no território de Antônio Dias, onde há diversos gargalos que impedem o desenvolvimento do tráfego.

A BR-381, que tem início no entroncamento com a BR-101, no município de São Mateus (ES), estende-se até a capital paulista, no entroncamento com a BR-116 (Rodovia Presidente Dutra). Com seus 1181 quilômetros, dos quais 95 são em São Paulo, 950 em Minas Gerais e 136 no Espírito Santo, de São Paulo a Belo Horizonte, como o nome de Rodovia Fernão Dias, é totalmente duplicada.

O trecho que liga os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, é também considerado um dos trechos rodoviários mais perigosos do Brasil, devido ao seu traçado extremamente sinuoso.

Em terras capixabas, a concessão da rodovia foi dada ao governo do estado, sendo, nesse estado, denominada ES-381. Ainda no Espírito Santo, o trecho de 64 quilômetros entre as cidades de São Mateus e Nova Venécia recebe o nome de Miguel Curry Carneiro e corresponde ao antigo leito de uma extinta ferrovia local, a Estrada de Ferro São Mateus.

Em 2002, após 8 anos de obras, foi entregue a duplicação dos 562 km do trecho entre Belo Horizonte e São Paulo. Em 2022, foi criado um projeto para outorgar parte da BR-381 à iniciativa privada, com a intenção de duplicar.

História

A construção da BR-381 teve início nos anos 1950, durante o governo de Getúlio Vargas, como parte de uma política nacional de integração territorial. A pavimentação de boa parte do trajeto ocorreu na década de 1960, sendo inaugurada por Juscelino Kubitschek.

Diversos acidente foram registrados ao longo da rodovia – Foto: Acervo particular

No mesmo ano, o trecho entre Belo Horizonte e João Monlevade, sob jurisdição estadual com o nome LMG-4 também recebe pavimentação. No final da década de 1960 e início de 1970 o trecho entre João Monlevade e Governador Valadares é pavimentado e transferido para o DNER.

Em 2021, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a rodovia registrou 265 ocorrências a cada 100 quilômetros, liderando este índice no país.

Esse histórico de tragédias levou à mobilização de moradores locais, que chegaram a criar grupos de resgate voluntários, como o Serviço Voluntário de Resgate (Sevor), na cidade de João Monlevade.

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