Numa operação delicada, foi necessário construir um equipamento em aço para assegurar a integridade física da peça artística
Numa cuidadosa operação nesta manhã (12/09) uma equipe da Emalto Indústria Mecânica resgatou da co-catedral de Coronel Fabriciano a imponente imagem de São Sebastião, instalada no interior do amplo templo no ano de 1992.
Protegido por um invólucro de plástico e um módulo em aço, fabricado pela própria Emalto, no intuito de proteger integralmente a escultura, a empilhadeira a retirou de um pedestal com cerca de três metros de altura, colocando-o cuidadosamente no chão. O operador da empilhadeira Miguel Júnior, afirmava ter sido o serviço mais importante de sua vida, transportar em sua máquina um importante símbolo de fé de tanta gente. De fato, a imagem de São Sebastião tem um significado cultural e religioso de grande valor para a população de Coronel Fabriciano e região.
Sua retirada do templo, deve-se ao processo de recuperação da igreja, que teve parte de seu teto desabado no ano de 2023. Devido ao complicado trabalho de desmonte de todo o teto, foi recolhido os objetos litúrgicos, o órgão de tubo e todo o mobiliário do templo, dentre eles a imagem de São Sebastião.
A partir de então, uma empresa contratada para a remoção do telhado dará início aos serviços. Há uma enorme expectativa da população quanto ao que se recuperará da igreja construída na década de 1980 sob a coordenação de Padre Hélio. Há portanto um projeto arquitetônico concebido pela arquiteta Lígia Araújo, que propõe a recuperação das paredes externas, porém, sem o teto com seu formato de tendas.
Patrimônio Cultural
Inaugurada em 4 de julho de 1993, representava desde então o título de cossede da Diocese de Itabira / Fabriciano, ao lado da Catedral Nossa Senhora do Rosário como sé episcopal em Itabira.
Sua arquitetura original, em estilo contemporâneo, foi inspirada na Catedral de Tóquio; esta, por sua vez, baseada em tendas que serviam como santuários móveis no deserto descritas na passagem bíblica de Êxodo (26:14).
Até a década de 1990, o percurso do tapete de Corpus Christi começava na Igreja Matriz e se direcionava até a R. Pedro Nolasco, voltando então ao templo, sendo transferido para as ruas dos bairros Santa Helena e Professores após a conclusão da nova cossede diocesana. A procissão de Corpus Christi foi tombada como patrimônio cultural de Coronel Fabriciano em 2013