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Tendo o primeiro trabalho realizado em 1968 para a ainda desconhecida banda Pink Floyd, em 1973 a Hipgnosis consagra-se com a capa do The Dark Side of the Moon

No ano que o disco The Dark Side of the Moon celebra os 50 anos de lançamento, a Caminhos Gerais edita esta reportagem sobre a mais famosa editora de capa de disco do mundo, a Hipgnosis, que entrou para o rol da fama com a criação da capa do mais emblemático disco do Pink Floyd.

Lançado em 1973, a capa do The Dark Side of the Moon do Pink Floyd torna-se ícone do design da indústria fonográfica e lança a Hipgnosis para a fama

A Hipgnosis nasceu das mãos e da mente de dois alunos da Royal College of Art em Londres, Storm Thogerson e Aubrey Powell. Na época, eles foram convidados por dois amigos que tocavam numa banda underground e conceitual em clubes e galerias de arte londrinos para criar a capa de seu segundo álbum de 1968. A banda era o Pink Floyd, e o disco, A Saucerful Of Secrets. A capa foi o primeiro trabalho da dupla de artistas, que resolveu se especializar no assunto. Com a boa acolhida dos trabalhos, eles buscaram trabalhos em freelances na gravadora EMI, onde desenharam capas e projetos gráficos para o Toe Fat, The Pretty Things e o Free.

Aubrey Powell e Storm Thogerson, fundadores da Hipgnosis

Primeira capa

A capa do segundo álbum do Pink Floyd, A Saucerful Of Secrets foi o primeiro trabalho da Hipgnosis

Inicialmente os designers não contavam sequer com espaço apropriado para criar suas novas encomendas, recorrendo aos equipamentos da faculdade. Quando concluíram o curso e ganharam mais trabalhos, alugaram um estúdio estabelecendo ali a agência de design Hipgnosis, nome que surgiu de uma brincadeira. Segundo Storm, as palavras “hipnose” e “gnose” foram termos que eles viram escrito em um muro da cidade. Eles mal sabiam que este nome viria ser o maior ícone do design da história da música.

Storm Thogerson, diante de sua provavelmente, mais famosa criação

A Hipgnosis se tornou famosa internacionalmente a partir do “disco do prisma” do Pink Floyd de 1973, apesar de antes deste lendário trabalho ter produzido uma gama de capa de discos para diversas outras bandas londrinas.

Desde então, a Hipgnosis passa a desenvolver todas as capas do Pink Floyd, formado por Nick Mason, David Gilmour, Roger Waters e Richard Wright

Há quem diga que algumas capas se tornaram mais famosas que a própria música que estas embalavam. A mesma lógica de que a embalagem induz o consumidor a adquirir este ou aquele produto, no setor fonográfico, esta lógica também se confirmava, apesar de nem sempre a beleza da capa garantia a qualidade musical do disco.

Acredita-se que após a explosão do rock progressivo e suas afinidades com o psicodelismo, as capas se tornaram objetos de maior ousadia artística, ao mesmo tempo que tornavam-se verdadeiras obras de arte da cultura pop.

Em 1974, Peter Christopherson é integrado à equipe, na condição de assistente, e em breve torna-se um dos sócios da empresa, fechando assim o trio principal que marcaria a indústria do design.

Outras capas famosas

A agência não realizava apenas trabalhos para a indústria da música. Durante um longo período dos anos 1970, foi responsável pelo projeto gráfico da revista masculina Club Internacional.

A indústria fonográfica vivia neste período seus anos mais rentáveis, e também o de maiores riscos, apostas e muito hedonismo. A década pós Beatles, era considerada a de maior produção fonográfica de todos os tempos, surgindo uma avalanche de bandas de rock. Verdadeiras fortunas eram gastas na produção de grandes sucessos e alguns fracassos gigantescos também. Grandes produções eram levantadas visando o cumprimento de uma ideia para realizar uma simples capa de um LP.

Capas do Emerson Lake and Palmer e do Rush, período que grande efervescncia musical

Capas do Emerson, Lake ande Palmer e do Rush lançadas na década de 1970

 

Capa da primeira ópera rock, lançada pelo The Who e do Renaissance

 

A capa do álbum duplo do Led Zeppelin, Houses of the Hole foi censurada pelo Facebook

 

A famosa capa do Atom Heart Mother, popularmente conhecida como Pink Floyd da vaca e a capa do álbum Stick Fingers, do The Rolling Stones, considerado um dos melhores trabalhos da banda. Neste, foi lançado o logotipo da língua.

A ousadia de suas criações ficou marcada em 1987, na capa do álbum do Pink Floyd, Momentary Lapse of Reason, quando Storm reuniu 700 camas de ferro hospitalares em uma praia na Inglaterra.

Neste período, a Hipgnosis empreendeu no ramo dos videoclipes, tendo à frente, Aubrey Powell, que estabeleceu-se como produtor de cinema, vindo a ter como cliente, a banda The Who.

A partir das décadas de 1980 e 90, provavelmente com o surgimento do CD, a Hipgnosis deixou de existir e seus protagonistas continuaram a produzir em carreiras solos.

Livro

Lançado pelo desenhista Roger Dean, o livro Álbum Cover Álbum publica as capas produzidas por ele e pela Hipgnosis

Mas o que todo mundo sabe de verdade é que muito provavelmente alguém que você conhece na vida, tem um trabalho realizado por Storm – que faleceu em 2013 – e sua turma, guardado em algum canto da casa. Três catálogos foram lançados em livro sobre o período em que a Hipgnosis atuou como empresa (1968-1983). Um filme documentário também foi realizado.

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