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País produz mais de 50 espécies de hostaliças e inúmeras frutas exóticas e nativas

O Dia Mundial da Alimentação, comemorado hoje, remete ao programa de alimentação saudável lançado em dezembro de 2020 pela ONU, que planejava promover dietas e estilos de vida diversificados, equilibrados e saudáveis por meio do consumo de frutas e vegetais. Foi lançado o Ano Internacional de Frutas e Vegetais 2021 (IYFV, na sigla em inglês). O programa tinha como objetivo melhorar a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis por meio da inovação e tecnologia, a fim de reduzir a perda e o desperdício de alimentos.

De acordo com o catálogo Embrapa Hortaliças, o Brasil produz mais de 50 espécies de leguminosas e hostaliças

A alimentação de frutas e vegetais no Brasil não é uma novidade, trata-se de uma tradição histórica. É comum encontrar um brasileiro que tem em sua memória, uma vida de alimentação simples, regada da mais diversificada dieta de legumes, verduras e frutas. O Brasil, terra de múltiplas características de solo e fertilidade, com alto índice de produtividade de alimentos, produz mais de 50 espécies de leguminosas e hortaliças, de acordo com o catálogo da Embrapa Hortaliças.

Apesar da riqueza nutricional produzida no país, nem todos tem acesso pleno ao alimento

Apesar da cesta brasileira ser uma das mais saudáveis do mundo, nem todos os brasileiros têm acesso a essa rica fonte de alimentos. O paradoxo, é que uma das maiores áreas agricultáveis do mundo, grande parte da população convive sob a ameaça da insegurança alimentar. A agricultura familiar e o agronegócio são os responsáveis pela produção de alimentos no país, porém, é a agricultura familiar que coloca a comida na mesa dos brasileiros, e o setor com as maiores regalias institucionais, o agronegócio, a maior parte de sua produção tem se direcionado principalmente ao mercado externo.

Garantido pela Constituição, a alimentação é um direito social do brasileiro, entretanto, este direito não está sendo garantido plenamente. Segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), quase 20 milhões de brasileiro estão passando fome, isto é, cerca de 10% da população está subalimentada. Dados de outra empresa coordenada pelo Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça: Poder, Política e Desigualdades Alimentares na Bioeconomia, com sede na Universidade Livre de Berlim, mostram que 125,6 milhões de brasileiros não comem em quantidade nem em qualidade ideais desde a pandemia do coronavírus. Estes índices ameaçam colocar o país novamente no mapa mundial da fome.

Para a FAO e a Organização Mundial da Saúde, a tecnologia digital tem auxiliado muito na melhoria da nutrição e nas oportunidades de mercado. A promoção de dietas saudáveis para fortalecer o sistema imunológico frente a pandemia, foi especialmente apropriada nas redes sociais. O órgão da ONU, recomenda que cada adulto consuma pelo menos 400 gramas de frutas e vegetais diariamente para prevenir de doenças crônicas, como câncer, diabetes, doenças cardíacas e obesidade, bem como combater as deficiências de micronutrientes. Frutas e vegetais são classificados como boas fontes de fibra alimentar, vitaminas e minerais e fitoquímicos benéficos.

Variedade de hortaliças e frutas propicia uma alimentação saudável

Diferentemente do que muitos pensam, uma alimentação saudável não é uma alimentação restritiva e que não proporcione o prazer em comer. Uma alimentação saudável é aquela que garante, principalmente, que seu organismo esteja recebendo todos os nutrientes de que ele precisa. Variedade, equilíbrio, quantidade e segurança dos alimentos que estão sendo ingeridos.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas com cerca de 45 milhões de toneladas ao ano, das quais 65% são consumidas internamente e 35% são destinadas ao mercado externo.

Diversidade da fruticultura brasileira

O universo de frutas, além das exóticas, produzidas naturalmente, sem o cultivo sistemático é vertiginoso. Da Mata Atlântica: ameixa da mata, araçá (amarelo, vermelho, roxo, goiaba), cabeludinha, cambuci, cambucá, grumixama, guariroba, pitanga, pitangatuba, jabuticaba, uvaia, entre outras; do Cerrado: buriti, araticum, murici, pequi, baru, cajuzinho do Cerrado, bocaiuva, guavira, baru, mangaba etc; da Floresta Amazônica: maracujá, açaí, cupuaçu, camu-camu, cubiu, abiu, inajá, bacuripari, guaraná e outras e da Caatinga: licuru, umbu, caju, maracujá da Caatinga, entre outras, formam um dos mais variados grupos de frutas do mundo.

A partir da virada do século 20 para o século 21, uma onda de alimentos que prometiam mais saúde, entraram no mercado com suas milagrosas tabelas nutricionais, alimentando uma controversa mudança de hábitos. Alimentos light, diet, sem glútem, sem lactose, zero, natural, baixa caloria, FIT, dieta crua, isotônicos e outros, passaram a fazer parte do dia a dia da população.

Por outro lado, a população brasileira vivencia uma nova tomada de consciência em relação ao que coloca na mesa do seu dia a dia. A valorização por alimentos mais saudáveis, inclusive orgânicos vem ganhando espaço na dieta brasileira. Estabelecimentos comerciais com foco em cereais, produtos naturais e integrais ampliam-se exponencialmente.

Diversas indústrias também optaram por produzir alimentos que diferenciam dos tradicionais, investindo em modelos sutentáveis de produzir, inclusive em embalagens bio degrradáveis.

Primando pela qualidade desde sua fundação, a indústria de sorvetes, picolés e polpas de frutas, agora introduz em sua linha de produtos, frutas orgânicas como o maracujá e acerola

Nem sempre, a má alimentação ou desnutrição está relacionada ao pouco acesso aos alimentos. Comida industrial, comer em ritmo estressado, comer sem o equilíbrio nutricional, em excesso, em horários inapropriados podem também configura-se em má alimentação. Destacamos alguns hábitos que podem confira-se como uma má alimentação:

O consumo exagerado de sal, relacionado com o aumento da pressão arterial e também com o aumento da retenção de líquidos; consumo de muito açúcar, relacionado com problemas como o desenvolvimento de obesidade; montar pratos com pouca variedade; não comer verduras, frutas e legumes, alimentos essenciais para nos fornecer vitaminas e também fibras; não se hidratar adequadamente e pular as refeições, isto é, uma pessoa ficar muito tempo sem se alimentar pode fazer com que na hora de se alimentar a pessoa coma exageradamente.

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