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Entronizada na vida dos fabricianenses na instalação do Colégio Angélica, a devoção à Nossa Senhora do Carmo tomou dimensões muito além do âmbito escolar

Em 1952, um grupo de Imãs Carmelitas da Divina Providência chega ao recém emancipado município de Coronel Fabriciano com a missão de administrar um grandioso educandário ainda em construção no centro da cidade. As educadoras religiosas trazem consigo um profundo sentimento de devoção à N. S. do Carmo, venerada como Bem-Aventurada Virgem do Carmo. Em reverência à mística santidade, as Irmãs Carmelitas nomeiam a escola com o nome “Escola Normal Nossa Senhora do Carmo”. Desde então, inúmeras manifestações sociais, culturais e intelectuais em nome de Nossa Senhora do Carmo, passam a fazer parte da vida da população fabricianense e região, de forma transformadora.

No ano da inauguração do Colégio Angélica, a imagem de Nossa Senhora do Carmo é fixada no frontal do imponente prédio, iniciando então uma afetuosa relação mística da população fabricianense e região com a santidade

Antes de descrever sobre a valorosa influência da mística de Nossa Senhora do Carmo na formação intelectual, profissional, cultural e religiosa da população fabricianense, iniciada com a chegada das representantes da Ordem da Divina Providência ao ainda jovem município, emancipado em 1948, vamos retornar um pouco na história. Vamos voltar pouco mais de 500 anos atrás, precisamente no dia 26 de abril de 1500, quando a Igreja Católica Apostólica Romana desembarcou junto aos descobridores portugueses e celebrou a primeira missa na Praia da Coroa Vermelha em Porto Seguro.

A Primeira Missa

Desde estes tempos remotos do descobrimento do Brasil, que o exercício da religiosidade, especialmente cristã, tem marcado de forma hegemônica a formação da sociedade do novo continente. A começar pelo primeiro nome dado ao novo território colonizado, Terra de Veracruz, em exaltação à cruz de Malta, desfraldada nas velas da esquadra portuguesa ali ancorada. Desembarcava ali, junto aos portugueses a religiosidade que delineou a formação cultural de base religiosa, costumes, hábitos e tradições do povo, que aos poucos socializava-se com a influência de novos sincretismos, como o africano e indígena.

A primeira missa celebrada em terras brasileiras marca a fixação do Cristianismo como a religião mãe

Nas primeiras horas do descobrimento, Frei Henrique Soares de Coimbra celebra a primeira missa e ergue uma rústica cruz com troncos de árvores diante de portugueses e nativos. O primeiro símbolo cristão é fincado em solo brasileiro, permanecendo até os dias atuais a sua indicação de fé.

Ainda no ano de 1501, o Estado Católico português já entronizava seus símbolos no novo mundo, como na primeira expedição de exploração do território, liderada por Gaspar de Lemos, que nomeou os acidentes geográficos do litoral. Estes receberam nomes dos santos do dia em que foram identificados, como Cabo de Santo Agostinho, Rio São Francisco, Baia de Todos os Santos entre outros.

Com a instalação do Governo Geral, em 1548, e a instalação da primeira capital, Salvador, o governador Duarte da Costa recebe de Portugal o padre José de Anchieta e o Padre Manoel da Nóbrega, iniciando o catecismo aos nativos e a fixação do cristianismo no “Paraíso Terrestre”.

As Ordens Religiosas

Desde então, a religiosidade cristã é parte integrante do pensamento nacional, fortalecido pelas ordens que também desembarcam no país dimensionando as diversas correntes da fé. Os Jesuítas, da Cia de Jesus, os Beneditinos, da ordem de São Bento, os Franciscanos, de São Francisco de Assis, Vicentinos, de São Vicente de Paula, Carmelitas, de Nossa Senhora do Carmo entre outras, contribuíram para cristandade nacional.

A devoção era reafirmada no elevado número de povoados fundados no Brasil, que tiveram seus nomes reverenciando o santo do dia, como Santa Bárbara, São José da Lagoa (Nova Era), São Miguel do Piracicaba, São Gonçalo do Rio Abaixo entre vários outros, principalmente em Minas Gerais.

Santo Antônio e São Sebastião

Povoado de Santo Antônio do Piracicaba, elevado a distrito de Melo Viana em 1023, também reverenciava o santo do dia, seguindo uma tradição no período da formação dos primeiros povoados mineiros

 

A primeira igreja construída no ainda Calado, em 1929, em reverência a São Sebastião

A tradição de reverenciar santos e símbolos religiosos transcorreu por toda a história, vindo também ocorrer no povoado de Santo Antônio do Piracicaba, já no século XIX, local onde a história de Coronel Fabriciano tem seu limiar. Atualmente, a localidade é o bairro Melo Viana, cuja paróquia reverencia Santo Antônio.

Em 1929, no povoado do Calado, nas cercanias do distrito de Melo Viana, uma modesta igreja foi erguida. Em razão da região registrar uma elevada incidência de malária e um expressivo número de óbitos, funcionários da construção da abertura da EFVM e garimpeiros, então vítimas da moléstia, dedicaram a igreja a São Sebastião, cuja mística atribui ao santo, o protetor da humanidade contra a fome, peste e a guerra. Na década de 1940, é criada a Paróquia de São Sebastião, dirigida pela Congregação dos Missionários Redentoristas.

Dom Helvécio

O bispo da Arquidiocese de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, empreende na construção de uma grande escola, à altura das transformações previstas para a região, que direcionava-se para um centro industrial siderúrgico

Após a abertura da estrada de ferro, o extrativismo desenfreado e a sinalização de que a região progrediria para um centro industrial siderúrgico, em 1944, diante da eminente devastação da vegetação original, o arcebispo de Mariana Dom Helvécio Gomes de Oliveira cria o Parque Estadual do Rio Doce, a primeira unidade de conservação criada em Minas Gerais.

A partir de então, o arcebispo passa a nutrir sobre a região uma elevada estima e uma clara visão de futuro da mesma, que desenhava no horizonte uma acelerada expansão habitacional. Observando a necessidade de uma escola de qualidade na região, que corresponderia ao crescimento previsto, o arcebispo solicita à Cia Belgo Mineira – proprietária de imensas áreas de terra, inclusive na região central de Coronel Fabriciano – um espaço para a construção de um colégio. Este, projetado pelo diretor da Acesita, Dr. Alderico Rodrigues de Paula, em 5 de setembro de 1950 inicia a construção do educandário de nome Escola Normal Nossa Senhora do Carmo, ficando conhecido como Colégio Angélica. O nome Colégio Angélica homenageava Angélica Rosa da Silveira, mãe do então superintendente da Belgo Mineira, Joaquim Gomes da Silveira Neto. A arquitetura do imponente prédio assemelhava-se com a arquitetura do Colégio Carmo de Cataguases, inaugurado em 1912 pelas Irmãs Carmelitas.

A arquitetura neoclássica do Colégio Carmo em Cataguases, fundado em 1912, inspirou o engenheiro da Acesita, Dr. Alderico Rodrigues de Paula no projeto do Colégio Angélica

Erguido pela empresa de Ponte Nova, a Construtora Castanheira, seus tijolos e telhados foram produzidos em uma olaria no próprio canteiro de obras, enquanto que toda a madeira chegava da Serraria Santa Helena. O cimento chegava pelo trem da EFVM importado da Europa.

João Castanheira, da Construtora Castanheira, de Ponte Nova, com sua esposa Alice Castanheira, no canteiro de obras do Colégio

 

As primeiras alunas do Colégio, tendo ao fundo, a olaria para a fabricação dos tijolos utilizados na obra e o contorno da Serra dos Cocais

 

Em homenagem à mãe do superintendente dos serviços da Belgo Mineira na região, Joaquim Gomes da Silveira, Angélica Rosa da Silveira, (à direita), a Escola Normal Nossa Senhora do Carmo torna-se conhecida como Colégio Angélica

Irmãs Carmelitas

Antes mesmo da conclusão total das obras do Colégio Angélica, em 1947, Dom Helvécio convidou um grupo de irmãs da ordem Carmelitas da Divina Providência, instalada em Mariana para administrar a escola. Na cidade histórica, sede da Arquidiocese de Mariana, funcionava também o Colégio da Divina Providência, sob a gestão das Irmãs Carmelitas. Com longa experiência na área da educação, as irmãs desembarcam na estação ferroviária de Coronel Fabriciano e iniciaram as aguardadas atividades pedagógicas e educacionais, tendo à frente, a Superiora Geral Madre Maria de Nossa Senhora da Glória.

Com vasta experiência na área da educação, as Irmãs Carmelitas da Divina Providência assumem a gestão do Colégio Angélica

Junto às Irmãs Carmelitas, a devoção à Nossa Senhora do Carmo, a vocação pela caridade, a fé de que Maria é a Mãe de Jesus, o Salvador, é entronizada na comunidade fabricianense, e uma preciosa aliança espiritual se consagrou desde então, irradiando sobre o educandário a missão de educar e transformar pessoas. Para as Carmelitas, “Maria nos foi dada por Mãe por Jesus, quando disse ao discípulo que ele amava: “Eis aí tua mãe”.

Em meio às obras, as aulas iniciaram em 1952

Apesar do funcionamento da escola ter iniciado em 1952, a construção foi totalmente finalizada somente em novembro de 1956. Ao mesmo tempo as Irmãs Carmelitas estendiam sua atuação em outros setores da sociedade, como ministrando a catequese às crianças nas próprias dependências em apoio à Paróquia São Sebastião e prestando assistência social aos moradores do Morro do Carmo, onde desenvolveram cursos de trabalhos manuais, culinária, corte e costura. Entre as décadas de 1960 e 1980, as freiras mantiveram um posto de saúde na propriedade da escola destinado, principalmente, às gestantes e crianças.

Totalmente finalizado sua construção em 1956, a edificação encantava a população que a exaltava orgulhosamente sua beleza arquitetônica e sua imponência. Nota-se que o educandário inaugurou sem a imagem de N. S. do Carmo sobre o seu frontal

 

Estudar no Colégio Angélica reforçava o sentimento de ascensão social, notabilizado no orgulho das alunas

 

Alunas residentes em Ipatinga, como Vera Tufic, à frente no desfile

 

E de Timóteo, que atravessavam o rio em botes, não mediam esforços para assistirem as aulas

Para as gestoras do educandário, Nossa Senhora do Carmo precisava ser consagrada e coroada, para reinar sobre todas as dimensões da escola. A consagração de Nossa Senhora do Carmo se deu em razão de ser: “Mestra – experimentada no caminho do seguimento, Maria nos ensina a viver, da nossa Regra, os valores, a espiritualidade: a escuta meditada e vivida da Palavra, a contemplação, a fraternidade, o serviço, a doação. Mestra de vida, nos forma no ser discípulas do Filho – também a confiar na Providência do Pai”.

A entronização da fé e devoção a Nossa Senhora do Carmo na comunidade fabricianense acontece no contexto de “boas novas” para milhares de crianças, jovens e famílias, que a partir de então, receberiam uma formação educacional ungida do conhecimento científico, social e espiritual.

Coroação

No mesmo ano da inauguração, a imagem de Nossa Senhora é fixada sobre o frontal da entrada principal

Em 1956 foi adquirida na Casa Cor em Belo Horizonte uma sólida escultura simbolizando a mãe de Jesus com seu filho nos braços. Esta foi coroada pela primeira turma do Jardim da Infância, em cerimônia assistida por toda a comunidade fabricianense. A sólida escultura, antes de subir amparada por cordas para a parte mais alta do colégio, sobre o frontal da edificação, recebeu dos alunos José Alexandre Bueno, a palma, de Mauro Célio, o véu e de Lauro Jorge, a coroa. Sobre um pedestal, diversas alunas vestidas de anjo reverenciavam o símbolo da fé.

Uma outra imagem foi erigida em uma fonte instalada no pátio da escola.

A imagem de N. S. do Carmo  na Santa Fonte no pátio do Colégio

 

Sobreposta ao frontal da entrada principal até os dias atuais, a imagem de N. S. do Carmo irradia sobre o educandário a aliança entre a instituição e a santidade, manifestada na fé e na devoção- Foto: Kaizerhobby

 

Por meio do “Santinho” de Nossa Senhora do Carmo, a imagem da mística santidade alcançava todos os lares fabricianenses

Ações solidárias

Devido a precariedade habitacional no conhecido na época Morro da Favela, uma vigorosa ação socioeducativa foi empreendida pelas Irmãs Carmelitas na região, que substituiu o nome da localidade para Bairro Nossa Senhora do Carmo, eliminando então o estigma pejorativo

Revestidas do compromisso altruísta e amor a Nossa Senhora do Carmo, as irmãs transcenderam a missão educacional e empreenderam na caridade, com fortes ações solidárias principalmente no Morro do Carmo, que inicialmente era conhecido popularmente como Morro da Favela. Considerando que o nome popularizado tinha uma conotação desumana e pejorativa, ao instalar no alto da comunidade uma imagem da Santa voltada para a cidade, as irmãs sugeriram denominar o local como Bairro Nossa Senhora do Carmo. Entretanto, a palavra Morro permaneceu, permanecendo então, Morro do Carmo. Também no alto do morro, foi erguida a Igreja de Nossa Senhora do Carmo próximo ao Cruzeiro, plantado sob a ordenação do padre Deolindo Coelho. A pesada cruz em madeira, foi transportado apenas por mulheres, que o arrastaram morro acima.

O humanismo expresso nas ações inspiradas na devoção à N. S. do Carmo, e seu significado na hierarquia cristã, irradiava sobre a comunidade como algo digno de admiração e exaltação. Inúmeras mães em honra a N. S. do Carmo reverenciava a santidade, nomeando suas filhas com nomes tipo: Carmem, Carmita, Carmelita, Maria do Carmo, ou mesmo Do Carmo.

Outra manifestação inspirada na devoção a Nossa Senhora do Carmo na comunidade fabricianense, foi a solicitação das irmãs Carmelitas ao médico Dr. Pedro Sampaio Guerra, que inaugurasse seu hospital ainda em construção com o nome Casa de Saúde Nossa Senhora do Carmo. Em 1960, a irmã Esther de Cristo Rei, então Madre Superiora do Colégio, presenteia a instituição hospitalar com uma imagem de N. S. do Carmo.

A imagem foi levada em procissão pelas ruas da cidade, em 7 de abril de 1960, até a sede do hospital, que se encontrava em fase final de construção. O cortejo foi acompanhado pelas freiras, alunos, professores e pessoas da comunidade, sendo a imagem entregue em mãos ao Dr. Pedro. A partir desse ato, o médico decidiu denominar o Hospital, como Casa de Saúde Nossa Senhora do Carmo (atual Hospital Unimed). Com o fechamento do hospital, em 2014, a direção da instituição a ofereceu em doação ao Museu Histórico José Avelino Barbosa, onde se encontra exposta.

A pedido das Irmãs Carmelitas, o médico Dr. Pedro Sampaio Guerra nomeou seu hospital com o nome Casa de Saúde Nossa Senhora do Carmo

 

Presenteada em 1960 ao hospital pela irmã Esther de Cristo Rei, a imagem seguiu em procissão até a instituição hospitalar. Esta, tombada como patrimônio cultural do município, integra ao acervo do Museu Histórico José Avelino Barbosa de Coronel Fabriciano.

Terceira Ordem do Carmo

Visando manter viva as manifestações inspiradas na devoção a Nossa Senhora do Carmo, um grupo de fabricianenses se organizam para criar a Terceira Ordem do Carmo na cidade. Esta, capacita pessoas e os atribuem a missão de preservar a devoção à Nossa Senhora, além de autorizar celebração de casamentos, batizados entre outras atribuições, nos moldes da Terceira Ordem da cidade de Ouro Preto, que tem como base a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, ao lado do Museu dos Inconfidentes.

Em 2011, as Irmãs Carmelitas da Divina Providência encerram suas atividades à frente do Colégio Angélica, passando a gestão à Congregação das Irmãs Franciscanas do Sagrado Coração de Jesus – Foto: Elvira Nascimento

Em 2011 as Irmãs Carmelitas da Divina Providência finalizam suas atividades à frente do Colégio Angélica e deixam a cidade, retornando para a Casa Matriz em Mariana. No mesmo ano, a Congregação das Irmãs Franciscanas do Sagrado Coração de Jesus passaria a ser a nova mantenedora da escola. O legado da Ordem Carmelita deixou marcado de forma indelével na vida de milhares de fabricianenses e de outras cidades vizinhas, valores e princípios de elevada inspiração espiritual. Na arte, na cultura, no conhecimento, em ações sociais diversas, o Colégio Angélica enalteceu os princípios da fé cristã e ressaltou seus significados e importância na construção do ser humano.

Como guardiã espiritual do educandário, a imagem de N. S. do Carmo resplandece desde 1956 no ponto mais alto da imponente edificação tombada como Patrimônio Cultural do Município – Foto: Kaizerhobby

Ainda hoje, o magnetismo da fé, simbolizado na imagem de Nossa Senhora do Carmo, permanece resplandecente no alto do frontispício do colégio. Mesmo pouco percebido pelos transeuntes que passam pela rua Maria Matos, ou mesmo ofuscada pelo impróprio e acintoso paredão amarelo do supermercado ao lado, a imagem da guardiã de inesquecíveis memórias ainda traz emoções a ex alunos que por ali passam diariamente, como relatou José Alexandre Bueno.

Origem da ordem religiosa

A congregação religiosa das Irmãs Carmelitas da Divina Providência, surgiu no Brasil no final do século XIX, precisamente em 1899, no Rio de Janeiro, quando Madre Maria das Neves decidiu servir a Deus, aos pobres e aos enfermos. Ali, recebeu o hábito da Ordem Terceira do Carmo. Transferindo para Cataguases-MG, em 1912, a Congregação da Divina Providência funda o Colégio Nossa Senhora do Carmo, o primeiro em terras mineiras. A congregação cresceu em número e na capacidade de se organizar como Instituição Religiosa, assumindo sua missão diante da sociedade, da Igreja e do Carmelo. No dia 09 de setembro de 1913 recebeu o Decreto de Agregação à Ordem do Carmo, estruturando-se nas diversas áreas. Com o apoio do então bispo da Arquidiocese de Mariana, Dom Helvécio Gomes da Silveira, a congregação centraliza sua presença na cidade de Mariana, transferindo-se para lá o Noviciado, em 1924 e a Casa Matriz, em 1944. Na cidade colonial, as Irmãs Carmelitas assumem a administração do Colégio Divina Providência.

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