
O Dança em Trânsito 2024, um dos maiores festivais de dança contemporânea do país chega na próxima semana a Coronel Fabriciano.

Fantasma, do Grupo Tápias – Foto: Divulgação
Em sua 22ª edição, o Dança em Trânsito será realizado às 18h30 do dia 24 de junho, onde companhias nacionais e internacionais se apresentarão na Praça da Estação. Entre os destaques, a T.F. Cia de Dança de São Paulo exibe Rastro, uma obra que explora fragmentos de tempo e memória por meio do movimento, investigando a relação entre presença e ausência em espirais de tempo. Logo em seguida, a Cia Urbana de Dança, do Rio de Janeiro, leva ao público Dança de 9, peça que celebra a liberdade e conexão por meio da dança, destacando-se pela vigorosa presença de seus dançarinos. Da Espanha, Clémentine & Lisard apresentam Scotoma, que convida à reflexão sobre percepção e atenção, motivando o espectador a mergulhar na experiência sensorial de duas pessoas imersas em seu próprio universo. Encerrando a noite, o Grupo Tápias, também do Rio de Janeiro, traz Fantasmas, uma esquete dançada que integra dança e teatralidade, inspirada no texto Os Dois Fantasmas, de Fernando Caruso.

Fantasma – Denise Mendes e Luciana Ponso – Foto: Divulgação
O 22º Dança em Trânsito é apresentado pelo Ministério da Cultura, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura, e conta com patrocínio master do Instituto Cultural Vale, além de patrocínio da Volkswagen Caminhões e Ônibus e Engie Brasil Energia.
Oficinas
Além das apresentações, a programação do Dança em Trânsito 2024 inclui uma série de atividades para difusão e democratização da dança, incluindo residências artísticas, intercâmbios culturais, valorização do folclore brasileiro, workshops de criação, formação e geração de emprego para professores multiplicadores, rodas de conversa e oficinas pontuais.
Em Coronel Fabriciano, serão ministradas duas oficinas, uma com Flávia Tápias, às 14h; outra com Igor Gasparini, às 15h.
“Por meio dessa programação paralela, estimulamos o aprendizado, a troca de experiências entre artistas brasileiros e estrangeiros”, comenta Giselle Tápias. Ela sublinha que o festival não se limita ao entretenimento, mas à formação de professores multiplicadores. “Visamos ampliar e democratizar o acesso de mais pessoas à dança e promover novas oportunidades de crescimento cultural das comunidades locais por onde o Dança em Trânsito dá seus passos”.
Giselle define o festival como um legado cultural que também visa fortalecer os laços entre as diferentes regiões do Brasil e do mundo por meio da linguagem universal da dança.
Etapas
Desde o ano passado, o Dança em Trânsito 2024 incorporou uma etapa realizada no primeiro semestre no Rio de Janeiro. Neste ano, o Palco Carioca homenageou Carlos Laerte e apresentou, de fevereiro a abril, renomadas companhias como Renato Vieira Cia de Dança, Grupo Tápias, Izabel de Barros Stewart dirigida por João Saldanha, Márcia Milhazes Cia de Dança, Cia Étnica de Dança e Cia Urbana de Dança. A partir de 20 de junho, o festival inicia sua principal etapa, percorrendo 13 estados, 33 cidades brasileiras e todas as cinco regiões do país até 1º de outubro.
Ao todo, 31 companhias e artistas participam do festival. São artistas do Brasil, Burkina Faso, Canadá, Colômbia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália, República Tcheca e Ucrânia, que se apresentam em 10 capitais e 23 outras cidades brasileiras.
Serviço
Oficinas pontuais. Dia 24/6, às 14h, com Flávia Tápias, na sede do Projeto Vivaidade, na rua Antônio Mascarenhas, n.º 470, Centro – Coronel Fabriciano.
Dia 24/6, às 15h, com Igor Gasparini, no Estúdio de Dança Taylon Vieira, na rua Pedro Nolasco, n.º 30, segundo andar, Centro – Coronel Fabriciano.
Apresentações. Dia 24/6, a partir das 18h30, na Praça da Estação, no Centro da cidade, Rastro (20 min), com a T.F. Cia de Dança (São Paulo, SP); Dança de 9 (40 min), com a Cia Urbana de Dança/Sonia Destri Lie (Rio de Janeiro, RJ); Scotoma (23 min), com Clémentine & Lisard (Barcelona, Espanha); Fantasmas (27 min), com Grupo Tápias (Rio de Janeiro, RJ), e resultado da oficina pontual por Igor Gasparini. Classificação livre. Entrada franca.
Trajetória
Criado em 2002, o Dança em Trânsito tem como missão valorizar, promover e democratizar a dança contemporânea. O festival é parte do projeto Ciudades Que Danzan, que reúne 41 cidades ao redor do mundo com o objetivo de difundir essa expressão artística. Desde sua fundação, o evento já realizou mais de 1.272 apresentações, envolvendo mais de 114 companhias de 21 países e alcançando um público de mais de 100 mil pessoas. Em 2020, durante a pandemia, o festival realizou uma edição online, reconhecida com uma indicação ao Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) na categoria Difusão. Em 2021, o festival realizou sua primeira edição híbrida, envolvendo 25 cidades.