
Seleta Antônio Rodrigues conquista medalha de ouro em Londres
Que a cachaça mineira é a preferida por aqui, todos sabem, mas ser preferida no Global Spirits Master 2023 é novidade, apesar de não surpreender os apreciadores desse destilado.
A vencedora deste respeitado concurso na terra do whisk, é a cachaça Seleta Antônio Rodrigues, que conquistou a medalha de ouro em Londres, na Inglaterra.
Não é a primeira vez que este precioso destilado vence na sua categoria. Em 2021, foi finalista na categoria melhor destilado de cana-de-açúcar do mundo (com envelhecimento com mais de três anos), no International Sugarcane Spirits Awards e a medalha de ouro em 2020, na 19º edição do Concurso de Vinhos e Destilados do Brasil.
A cachaça Seleta Antônio Rodrigues tem aparência dourada intensa, límpida e brilhante. Com aromas adocicados, notas de caramelo e amêndoas e o sabor intenso, seu líquido, forma buquê complexo, que remete a nozes, madeira tostada e taninos. De baixa acidez, possui um toque agradável bastante aveludado.
Segundo o diretor executivo da Seleta, Gilberto Luiz Soares, “A cachaça Seleta Antônio Rodrigues é considerada uma verdadeira joia líquida, uma bebida única e feita para quem quer sentir o real sabor da tradicional cachaça mineira”.
A garrafa de 750 ml da Seleta possui graduação alcoólica de 42% e é ideal para paladares aguçados e exigentes. Combina com doces raros e requintados, chocolates e frutas, além de castanhas variadas. Pode ser também servida para acompanhar carnes, e pratos intensos. Para quem interessar, o preço da garrafa da cachaça Antônio Rodrigues varia entre R$ 399 a R$ 2.400.

Salinas no Norte de Minas, polo nacional de produção de cachaça – Foto: IFNMG
A preciosidade vem de Salinas, no Norte de Minas, o mais importante polo nacional de produção de cachaça de alambique, com mais de 50 marcas e produção anual em torno de quatro milhões de litros. Além da Antônio Rodrigues, outras cachaças são reconhecidas internacionalmente: Anísio Santiago (antiga Havana), Canarinha, Salineira, Beija-flor, Salinas, Indaiazinha e Asa Branca. A cidade também é conhecida pela qualidade do requeijão e da carne de sol, pelas tradições, pelo folclore e pela produção agropecuária. Mas nada lhe dá mais notoriedade do que as suas famosas cachaças.
A joia líquida produzida na região tem sido adotada como elemento de identificação para a estruturação turística. Em 2012, foi inaugurado o Museu da Cachaça. Existem aproximadamente 1700 rótulos da bebida distribuídos no prédio. Além disso, os visitantes têm a opção de participar de cursos sobre as etapas de preparação da cachaça e na Sala do Aroma vão sentir a diversidade de sabores.
Durante o mês de julho, ocorre o Festival Mundial da Cachaça, onde a diversidade de marcas é apresentada ao público, além de aperitivos produzidos com a bebida, como biscoitos e sorvetes. Vale ressaltar também que Salinas abriga o único curso superior público de Tecnologia em Produção de Cachaça, ofertado desde 2006.